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quarta-feira, 11 de abril de 2012

desencanto






Comentei faz umas semanas com o Emanuel que estava eu em processo de desencanto.

Desencantar com o Tarot seria inimaginável, é inimaginável.

Meu desencanto advêm das dinâmicas interpessoais, vistas, vivenciadas, observadas.

O tarot anda mal no que tange a relações interpessoais, mal mesmo, ao ponto de eu não saber como agir, pensar em grupos aonde metade das pessoas não gosta duma outra possível metade [possível quanto a ingressar em grupos, quanto a coexistir, quanto a lidar com...].

Eu mesma vivenciei isso e relatei aqui neste mesmo espaço essa dura lida, aonde pessoas preferem se mascarar de rostos simpáticos afim de inserir-se em espaços criando desavenças...

Se me disserem: é da natureza humana, eu responderei: nem sempre. Há pessoas e há pessoas.

Seguir em frente ante todo esse desentendimento para mim é algo quase impossível.


Daí o desencanto...

Creio que está chegando minha hora de partir...

Não daqui, esta é minha casa, mas sim de partir de grupamentos, de coletivos.

Me é impossível apenas "sorrir e acenar", me é impossível abstrair pessoas, como se faz isso? Como se grupos existem por causa das pessoas?


Grupos em seu conceito base tendem a ter muito o que oferecer aos indivíduos que nele se inserem, nascem para isso os grupos, para congregar, para dividir pensamentos, para incitar ações, para semear curiosidades construtivas...


Os grupos que vejo não realizam esse objetivo, nem meus grupos conseguiram sair incólumes...


Grupos não existem para confrontar e testar quem aguenta mais os desaforos, quem desafia melhor, quem manda e comanda mais... Quem sabota melhor e melhor se saí disso.

Isso para mim ocorre em ringues, de lutas, de todos os tipos de lutas, de embates, não em grupos.

Daí que eu creia está na minha hora de partir, dos grupos, ainda que eles sejam um ou dois, ainda até hoje, as amizades que valham a pena deverão superar esse partir, eu suponho.

Mas não me permito desconstruir a imagem positiva que detenho de algumas pessoas, e sei que caso eu insista em me manter em grupos, essa desconstrução é inevitável. E será insuperável.

 Desencanto...

Luciana Onofre


5 comentários:

  1. Amada, escrevi uma vez e mantenho minha palavra: à distância, confortáveis em seus PC's, fica tão fácil criar celeumas! Eu não compactuo com isso, penso que a Arte dispensa gente assim. Mas a forma como a Senhora age ainda me é um mistério. Não desencante-se mais que Cinderella à meia-noite - despida dos grupos e dos seus glitters de conversas fiadas sobre a vida pessoal das pessoas, ainda sobra você, que permanece linda como sempre.
    Você antecedeu essa bobagem toda, você sobrevive a ela.
    Sempre juntos.

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  2. A vida nos afasta e nos aproxima quando existe a necessidade de uma evolução maior, e as vezes o afastamento ocorre como uma torre. Mas tudo há de terminar bem e recomeçar melhor.Bjs!

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  3. Que coisas mais lindas para ler, acalentaram minha alma...Obrigada a ambos. sempre =**

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  4. É verdade... no final das contas, muitas vezes sinto também esses desencantos... e por vezes penso que realmente é bom dar um tempo meditando sobre o Eremita. Buscando realmente cuidar dos nossos jardins e evitar de sermos, às vezes mesmo sem querer, atacados por jardineiros alheios sabe?

    Objetivamente, acho que a melhor ferramenta social ultimamente, realmente é o blog... o blog é um espaço seu, onde você tem o direito de abrir pra quem quiser, vai ver quem quer, comenta quem quer. Melhor assim hehe!

    Beijos!

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  5. Concordando com o Israel: http://www.ferramentasblog.com/2012/04/ter-blog-e-melhor-que-usar-rede-social.html

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