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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Adivinha... Divina


São tantos os meios oraculares já saboreados.
 
Desde os 8-9 anos “leio” cartas, com essa idade ganhei um mini jogo de cartas simples, usadas em jogos como o pôquer/buraco... 
 
Ninguém sentou e me disse “olha é assim e assim”, eu via minha mãe ler com suas cartas, uma leitura séria, longa, sem aquele aparato todo que se emprega “impressionável”, apenas ela, as cartas e a outra pessoa.
 
Eu me vi fazendo o mesmo, e lia coisinhas do universo de menina escolar, levei algumas vezes minhas cartas para a escola (escola de freiras franciscanas colombianas), pois de fato nunca fui comunicada em casa de que aquilo lá, de ler cartas ofendia a minha religião daquele então, a católica.
 
Lia nos intervalos, “los recreos”, para uma pequena plateia maravilhada.
Acho que ainda aqui no Brasil, eu vi esse “mazo” de cartas entre nossas coisas, hoje se perdeu o que lamento mesmo, pois quem sabe...
 
Na adolescência conheci a tabua Ouija, coisa que nunca foi encarada/apresentada como “brincadeira”, nunca mesmo.
Sempre foi um portal de comunicação entre eu, minha mãe, algumas outras pessoas e o outro lado.
Quando era realizada essa comunicação? Quando sentíamos, que alguém do lado de lá precisava dizer algo.
 
E é até hoje um sistema oracular por mim apreciado, levado muito a serio, digno e respeitável. 
Quiçá por tudo isso, jamais espírito brincalhão algum, nos visitou com objetivos escusos.
E sempre, sempre os fatos relatados se mostraram reais, aconteceram e se deram.
 
Antes de conhecer meu esposo na Faculdade de Economia, sentimos certa tarde uma necessidade muito forte de TER que acessar os mortos, eu senti, minha mãe, e nossa amiga Bette, creio que até minha irmã (que nunca foi amiga da Ouija) sentiu assim.
 
Então sentamos quase às 18 horas, e quando percebemos eram quase 10 PM; nessa tarde eu soube nome, endereço completo, dele... 
Soube quantos irmãos tinha, soube que pertencia a uma família muito possessiva... 
Assim como as demais pessoas ali sentadas, souberam coisas pertinentes a cada uma.
Quando ele entrou em minha vida, entrou sabendo que a tábua Ouija era parte do cotidiano da família. E assim passou a ser do dele também.
 
O Tarot aconteceu na minha idade de jovem adulta em 1990; uma amiga da família muito querida (a mesma Bette), o apresentou... E nunca mais me entendi sem ele perto de mim.
Antes dessa data eu já tinha sido "presenteada"  com leituras, que meu primo Bruno quando solicitado fazia. Ele sempre impressionou com o grau de acertos em suas falas.
 
Engraçado que dentre os Oráculos que me cercaram de pequena a leitura das cinzas dos cigarros, não teve acolhida em mim. 
Era outra sessão de leituras do devir, que eu presenciei milhares de vezes. 
Até hoje minha mãe vez por outra as repete. 
E devo dizer, tanto com as cartas, como com as cinzas, ela impressiona... 
 
Surtos, (como assim os denomino) de “algo falando por mim” aconteceram algumas vezes, no entanto sempre os presságios advindos dessas falas, foram lúgubres, anunciando  acidentes quase fatais e mortes, que lamentavelmente aconteceram...
Vaticinei a morte duma freira querida aos 8 anos de idade, em estado assim "alterado", que se deu do nada... 
Vaticinei um acidente de carro que tivemos, e no qual quase todos morremos.
Diz meu esposo que antes de casar o surpreendi algumas vezes "como sendo outra pessoa, até com o rosto de outra mulher".
 
Hoje em dia eu sou por completo uma Taróloga
Os universos das Taromancia e da Tarologia me absorvem de uma forma sadia, leve, séria, profunda... 
 
Como pode ser leve e profunda? Pode ser.
Por que me deixa leve, me torna um ser melhor, me completa, me dá plenitude, e por tudo isso, afeta profundamente minha vida e a dos meus.
 
Sou fascinada por decks de Tarot. E alimento bem essa minha fascinação. 
Garimpo sobre, pesquiso, admiro, adquiro... E passo horas tarde da noite “acarinhando” essas crias/achadas.
 
Os decks com tema sobre o Feminino Sagrado me falam do autoconhecimento, me levam rumo a águas profundas que ecoam minha sensibilidade, meus medos, meus desejos, minha espiritualidade.  O Motherpeace, os Oráculos das Deusas, O Goddess Guidance falam comigo. Serenamente, com vozes claras, nítidas e ágeis.
 
Eu privilegio decks que sejam vibrantes, em cores e temas. 
Não sou clássica. Sou mais feliz com decks que fogem do padrão.
 
Tal vez por isso o Housewives Tarot seja meu xodó... Aquele que quase todos os dias, seja apenas para contemplar eu tenho que tocar.

Dos "clássicos" que me surpreenderam está o Masters Tarot da Scarabeo. 
Vejo nele um compêndio de bruxas e feiticeiras. 
Vejo nele uma enciclopédia ilustrada de bruxaria tradicional. 

O Lenormand, o Tarô da Tribo Cósmica... Estes são impossíveis de separar da imagem Luciana oraculista
Com eles, agora veio dividir meu amor o Melissa Lenormand... Que me pegou por inteira em plena sedução sensorial e holística.
E percebi que sou muito "dos" Lenormand.
Aguardo ansiosa o Pixie chegar! 

Dos sonhos, bem deles devo dedicar um texto exclusivo. 
Eles me falam diariamente sobre coisas que conclusivamente depois se confirmam.

Eis o que eu sou como Divina et Strix.

Esse é meu universo oracular.


Sempre grata,

Luciana Onofre

 

2 comentários:

  1. Que linda sua história com o Tarô, Lu. Eu também tenho uma história parecida, muito embora por um tempo minha família tenha tido medo do poder que muitas vezes se manifestava por meu intermédio. No entanto meu sacerdócio é feito de idas e vindas, de desencontros, de perdas de mim mesma. Hoje, às vésperas de completar 40 anos, decidi que não me perco mais. Beijo pra voce, minha querida, com quem sinto muita afinidade.

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  2. Amiga, que coisa mais querida para ler numa manhã de domingo!

    Acho que quando aos 40 a vida é tão mais nossa que tudo se faz e pronto!

    Sinto como tu uma afinidade delicada contigo =*

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